domingo, 22 de outubro de 2017

Esporte, amizade e acessibilidade: futebol em 3D e em 10 D(edos), unindo o artesanal e o tecnológico



O vídeo acima Cego e Surdo Apaixonado Por Futebol “Vê” Os Jogos Com Ajuda Do Amigo, que tornou-se viral nas redes sociais, descobri via Twitter e depois o encontrei no YouTube.
Trata-se da incrível ação entre amigos, um que é torcedor do Santa Fé e outro do Millonarios de Bogotá, na Colômbia e mais que um ato de amizade e de amor ao esporte, é uma das formas de garantir a acessibilidade em uma sociedade, ainda que de forma pontual que acabou gerando manifestação mundial. Cada um faz (ou deveria fazer) parte de um todo, e a todos deveria ser garantido um tratamento igualitário, apesar das limitações. O conceito de acessibilidade a cada ano vem se ampliando e sendo incorporado ao cotidiano com pequenas e grandes ações. Algumas manuais e artesanais como as de Cezar Daza, melhor amigo de José Richard Gallego, que aos 9 anos de idade ficou surdo e aos 15, cego.
A mão de Cesar representa um time a a mão esquerda o outro e com essa metodologia e didática, os amigos que são rivais, conseguem assistir juntos um jogo de seus clubes de forma harmônica, integrada e acessível, no sentido mais amplo que este termo possa ter.
Abaixo, vídeo da Univison Deportes, com os dois amigos que são rivais quanto aos clubes que torcem, num exemplo de como o espírito desportivo e a solidariedade pode unir os diferentes, os divergentes:



Enquanto pesquisava, em busca dos vídeos acima, encontrei uma cativante reportagem do programa Esporte Espetacular, que dialoga com este tema, da acessibilidade, com a inclusão da alta tecnologia (via impressão 3D), proporcionando que a Gipulia, filha do jogador Roger, do time brasileiro Botafogo, do Rio de Janeiro (RJ), que nasceu cega, pudesse sentir (ver com as mãos) o gol de seu pai. E mais que isso: pudesse descrever o que "viu" com as mãos. Espetacular mesmo este outro vídeo comovente e cativante:



Dois exemplos de como a acessibilidade pode envolver do particular ao universal, do interno (estádio) ao externo (estúdio de TV), do artesanal ao tecnológico, do concreto ao abstrato, do singular ao plural, do recreativo ao educacional...
Não importa o meio, se algo que envolva uma tecnologia sofisticada, como a impressão 3D, ou algo mais simples e humano como a movimentação manual dos dedos da mão sobre uma prancheta que simula um pequeno campo de futebol. Gigantes são as três dimensões: da solidariedade, da acessibilidade e da amizade.

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